quarta-feira, 6 de julho de 2011

A menina que sonhava com livros

Era uma vez uma menina forte, determinada. Nada se opunha em seu caminho, e, se porventura algo se opusesse, logo ela vencia. Era uma menina de palavras duras, de coração amargo, mas com um ternura a qual não se acha hoje em dia. Era bruta, sim senhora, mas como um diamante esperando para ser lapidado. Apesar de não demonstrar, sofria pelas sofrimentos da humanidade, porém lhe faltava algo para ser considerada humana. A capacidade de chorar. Desde que nascera, ela nunca derramou uma lágrima sequer; apenas os venenos da alma, o ódio pela corrupção, e o descaso contra os opressores. Ela nunca teve infância; já nasceu assim, meio-menina, meio-adulta, enfrentando a realidade de uma maneira não convencional. Talvez isto explicasse a existência de sua irmã. Quero dizer, não era bem uma irmã. Elas apenas nasceram juntas, mas compartilham experiências e decisões diferentes. A menina forte tinha corpo de quem acaba de sair da puberdade, com longos cabelos misteriosamente brancos, olhos vermelhos e uma feição impenetrável. Já a "caçula", tinha corpo de menina, uma frágil menina de quatro anos de idade, com longas madeixas negras e olhos de prata, de camisola florida arrastando um pandinha de pelúcia. Elas não se falavam, apenas coexistiam. Era o necessário. Eram um "Ying & Yang" moderno. Uma completava a outra, e uma era absolutamente necessária para a existência da outra. Mas essas existências causavam dor. É aí que entra a protagonista da história. Ou será apenas uma personagem secundária? Como os coadjuvantes de novela, que são completamente desconhecidos, mas existem. Essa era a existência dela. Em momentos difíceis, uma das "irmãs", tomava seu lugar, e ela era chamada, ora de bruta, ora de infantil. Diziam para que ela fosse terna, ou que crescesse de uma vez. Mas a verdade é que ela não podia crescer. Quero dizer, fisicamente sim, mas não psicologicamente. Ela tinha medo, muito medo. Do que tinha medo, ninguém sabe, porém sabe-se que ela tinha sonhos, e que estes poderiam mudar o mundo. Porém ela foi calada. Calada pela solidão, pelo medo, pelo desespero, e por fim pelo amor, que, aos poucos a deixou cega, e a abandonou. Mas antes de ser vedada pelo mundo que a cercava, ela escreveu um livro. Um livro secreto, com o poder de transformar a vida de quem o lesse. Este livro foi esquecido entre as prateleira empoeiradas de uma loja que ninguém repara. Há uma dedicatória para alguém especial, e, em sua capa, há um desenho intrigante, de uma mulher de cabelos prateados e olhos vermelhos, segurando uma criança de cabelos negros e olhos de prata, em torno de uma lua brilhante, sobre um lago de sangue.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Selinhooo


ESSE SELINHO RECEBI DO VAMPIRE PLACE

Regrinhas para quem receber o meme:
1- Para você, o que faz seu blog ser encantador?
Os amigos que aqui conquistei, e as mensagens que eles me passaram. ^^

2- Link o blog que te enviou o meme e diga o que acha dele.
Muito fofo, tanto o Vampire quanto o Witching World, as imagens são sensacionais.

3- Repasse este meme para todos os blogs que você considera encantador.

A cela de um anjo caído
The Witching World
Caverna Comulot
Astronauta das Marés
Quatorze e Um

terça-feira, 26 de abril de 2011

Maldito Frio

Hoje aquele maldito frio entrou no meu quarto denovo. Não que eu não goste do frio, eu apenas não gosto daquele frio. Ele não me traz boas lembranças, e eu acho que estou na beira de uma paranoia.
Por que ele voltou?
Por onde andou?
Por que só agora?
Tenho medo de ouvir as respostas...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Tédio...

É isso aí, estou completamente entediada, sem um pingo de sono. Já passou da hora de ir dormir, e eu podia fazer algo muito útil (como jogar Colheita Feliz / Ragnarok / DDO), mas, ao invés disso, resolvi dar uma olhada no meu antigo blog. Foi inconsciente, quando vi, já estava nele. Reli todas as poesias e os comentários que todo mundo deixou aqui. Senti saudades. Meu mundo parece tão estranho agora. Antes eu chorava por que o homem que eu amava tinha me abandonado. Depois eu conheci o Roberto, e só então percebi que nunca tinha amado outro garoto na vida. Apesar de ser uma loba solitária, sempre era cercada por amigos. Chorava muito, mas também emprestava muito meus ombros. Agora me sinto sozinha. Minhas antigas amizades de escola, mudaram completamente. Sou parte do 1/10 dos meus amigos que não tem filhos e/ou usaram drogas e/ou foram mortos. Eu tenho 15 anos cara. E eles tinha uma faixa etária de 2 anos a mais geralmente. Será esse o meu futuro? Tenho poucos amigos, mas guardo minhas confissões mais fundo do que eu já guardava. Tenho um namorado que amo, mas ao mesmo tempo, ele parece distante de mim, como se eu fosse aquelas pessoas que sofrem um acidente, entram em coma e sonham uma vida inteira. E é disso que eu tenho medo. De ter me enterrado tanto em meus sonhos e no meu mundo imaginário, que não consigo mais sair. Tenho medo de estar apenas sonhando com a minha vida atual, e que eu acorde e volte para a vida de chorar por caras que eu amei, amigos que me deixaram ou morreram. Todas as noites eu choro antes de dormir, no banho, com medo do amanhã. Sabe, amar deixa suas dúvidas. Olhe pra mim, eu sou ateia. Porém meu coração não suporta o fato de ficar apenas uma vida humana com o homem que amo. Essa é uma coisa idiota, eu sei, mas eu estou com medo. Medo do conhecido e do desconhecido. Medo do que pode estar lá fora e do que está lá fora. Medo de viver, medo de morrer, medo de seguir em frente, medo de parar, medo de retornar. E acima de tudo, medo de não ter pra quem voltar.


É, o desabafo ficou enorme, porém me aliviou um pouco. Obrigada a quem tiver a paciência de ler isso, e obrigada a todos que me aguentaram até agora.

Um grande Beijo

Morgana P. Costa